segunda-feira, 30 de julho de 2012

Sociedade de Consumidores


Porto Alegre, 30 de Julho de 2012.

Olá!
Trago um texto produzido por mim, em sala de aula, sobre a sociedade de consumidores, através do livro de Bauman, intitulado "Vida para Consumo"
Neste pequeno trabalho faço uma reflexão sobre a transformação do indivíduo em mercadoria, sobre a diferença entre o indivíduo enquanto consumidor e produtor. 
Além, da vida exaustiva e monótoma a qual o trabalhador, pertencente a sociedade de produtores, que sustenta essa estrutura produtiva é submetido.




Vida para Consumo
A transformação das pessoas em mercadorias

Zygmunt Bauman

Sociedade de consumidores

A cultura consumista se dá através de uma sociedade moderna de produtores, que gradualmente foi se transformando numa sociedade de consumidores. Nesse processo de organização social, os indivíduos se tornam ao mesmo tempo agentes e também suas mercadorias. A sociedade de consumidores tem por objetivo abraçar a cultura consumista, ceder ao seu apelo, que é feito de maneira constante, atingindo classes e faixas etárias distintas. Esta sociedade, encoraja e reforça a escolha de um estilo de vida focado no consumo, em que o espírito toda a vida do indivíduo, desde a sua infância é “treinado” de maneira individual, ajustando este comportamento para “viver” em seu habitat natural, que nesta lógica é caracterizado pelos shoppings centers local onde as mercadorias, os desejos pessoais de cada pessoa pode ser encontrado. Suas necessidades serão satisfeitas, estes espaços existem com esta finalidade.
             
O ser consumista está baseado numa vocação, em desempenhos individuais. O mercado o bombardeia de todos os lados oferecendo inúmeras sugestões, a fim de que este se equipe com os produtos oferecidos para manter uma posição social e garantir a auto-estima, disto dependem a maneira como ele vai se colocar nesta sociedade consumista, de maneira eficiente ou deficiente. O ser eficiente neste tipo de sociedade é aquele que está apto, que é capaz de consumir na escala que este mercado produz, o que atende ao apelo, que dispõe de recursos financeiros. O ineficiente, ou como Bauman coloca são os “consumidores falhos”, ou seja aqueles que estão excluídos, porque não atendem aos requisitos básicos para este mercado, aqueles que não possuem situação financeira capaz de lhes garantir um lugar neste sistema.
             
Para que a sociedade de consumidores se mantenha é necessário que haja trabalhadores capazes de suprir esta demanda, daí temos a sociedade de produtores.  Esta sociedade é composta de trabalhadores que precisam estar em conformidade com regras, obedecer às ordens, sua postura deve ser de total submissão, sem que este indivíduo faça questionamentos. Ele deve se submeter a uma rotina pesada e monótoma de trabalho. Como foi colocado pelo autor, na sociedade de consumidores o que é levado em conta é o espírito, enquanto que na sociedade de produtores é o corpo este é o potencial do trabalhador. Aqui suas emoções, ou seja, seu espírito, deve ser silenciado. O habitat natural deste trabalhador é o chão de fábrica, que pode ser entendido como campo de batalha.

Um abraço,

Carlos Paredes  

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